Em 06 de
janeiro de 1952 um grupo de esportistas decidiu dar forma e vida ao desporto da
vela na terra potiguar fundando a Flotilha de Snipes do Rio Grande do Norte.
A Base Aérea de Parnamirim apoiou a idéia
cooperando com a parte técnica de organização de regatas e cedendo o local para
instalação: dois amplos galpões, à margem direita do Rio Potengi, na praia da
Rampa.
Reformaram-se os galpões. Fernando Avelar,
secretário nacional da classe Snipe, incentivou os trabalhos.
Jaime Teixeira Leite, em visita a Natal, trouxe
as plantas dos primeiros barcos que começaram a ser construídos.
A Flotilha começou a ter vida efetiva sob a
direção de Fernando Pedroza (primeiro capitão), Silvio Lamartine (vice),
Humberto Nesi (secretário) e José Aguinaldo (tesoureiro). Em 1953 tiveram
início as primeiras regatas.
Após três anos de fundação da Flotilha, em 6 de
janeiro de 1955, reuniram-se na residência de Aurino Suassuna, antigos e novos
adeptos da vela. Objetivo: fundação do Iate Clube do Natal – uma proposta de
Fernando Pedroza.
O novo clube, além dos Snipes, congregou outras
classes internacionais, lanchas, seções de remo e pesca. O número de associados
aumentou. A Flotilha permaneceu agregada ao recém-fundado Iate Clube que
inaugurou uma intensa atividade náutica no Estado.
A primeira diretoria do Iate Clube do Natal foi
constituída por Fernando Pedroza (comodoro), Aurino Suassuna (vice), os
diretores Antonio da Silva Dantas (secretário), Sólon Galvão Filho (tesoureiro),
Clemente Galvão Neto (social) e Ulisses Cavalcanti (de vela).
O primeiro Barco de Oceano registrado no Iate
Clube do Natal pertenceu a Silvio Pedroza, então Governador do Estado. Era um
Oceano classe D de 29 pés, construção de Germa Fréres, comandado pelo seu
proprietário, com cinco tripulantes, entre os quais Ulisses Cavalcanti, Osório
Dantas e Antonio Pinto de Medeiros. O "Boa Sorte" permaneceu no clube
por 5 anos. Ainda em 1955, no mês de julho, tem lugar na raia Potengi, o Campeonato
Brasileiro de Snipes, em disputa do Troféu Pimentel Duarte, com a presença de
iatistas de todo o Brasil.
Com 15 Snipes bem equipados, o Iate Clube do
Natal começou a participar de certames nacionais e internacionais e instituiu
troféus que se tornariam emblemáticos entre snipistas do norte e nordeste
brasileiros, como o Troféu Cecília Pedroza.
Em todos seus mais de 50 anos de história, o Iate
sempre recebeu o apoio da sociedade natalense, do governo estadual e municipal
e da imprensa do Estado. Vale destacar, também, o apoio dos órgãos militares –
Marinha, Exército e Aeronáutico – traduzido de várias formas.
Um dos exemplos de abnegação e de amor à vela e
ao mar, revelados pelo Iate Clube do Natal, é o de Miguel do Espírito Santo:
pescador, companheiro dos primeiros tempos, construtor de barcos, professor de
vela, medidor e Capitão de Flotilha, Miguel disputava todas as regatas em
barcos Snipe por ele construídos.
Além dos veteranos, que permaneceram ativos por
longo tempo, foram surgindo os novos defensores das cores do Iate, como Roberto
Montenegro, 17 vezes campeão estadual de Snipes, representando anualmente o
Iate Clube e a Federação de Velas em águas do Nordeste e do Sul.
A Flotilha de barcos Optimist – que contou
inicialmente com o apoio dos Escoteiros do Mar – dedicada ao primeiro
aprendizado de vela para meninos e meninas a partir de 6 anos de idade, foi
precursora da Escolinha de Vela que teve como um dos seus fundadores e
professores o sócio Pedro Siqueira. A escolinha consolidou-se definitivamente
em 1983, na gestão do Comodoro Jaeci Galvão, tendo hoje mais de 120 alunos,
formando a nova geração dos futuros campeões de vela.
Atualmente com 15 embarcações, a Classe Oceano
vem realizando desde 1992, o "Circuito Potiguar de Vela Oceânica",
evento já incluído no calendário náutico do Iate Clube do Natal e dos iates
clubes do Nordeste.
FONTE – SITE DO IATE CLUBE DE NATAL
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